Ambiental 2 Flashcards
(200 cards)
A concessão mineral dá ao concessionário o direito à exploração da jazida que não é exclusivo nem excludente.
Falso. A concessão mineral confere um direito exclusivo e excludente à exploração integral da jazida, de acordo com determinadas normas legais e regulamentares, transmitindo ao respectivo titular um complexo de direitos e obrigações.
A concessão mineral é o ato administrativo por meio do qual a Administração Pública confere ao particular o direito de exploração de uma determinada jazida, atendidos os requisitos legais. Quando a assertiva afirma que esse direito não é exclusivo, ela afirma que MAIS DE UM CONCESSIONÁRIO pode explorar a jazida! Isto está erra, pois exploração é exclusiva do concessionário, portador da concessão.
Quando a questão afirma que o direito de exploração não é excludente, ela afirma que outros concessionários podem ser admitidos, passando a ter os mesmos direitos que o concessionário original! Outro erro, pois a medida que a concessão é concedida, ela fica adstrita ao concessionário, excluindo a sua concessão a outros indivíduos. Seguindo esse raciocínio, errada a assertiva.
Sobre o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, estabelecido no caput do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, é correto afirmar que trata-se de um direito difuso, sendo este compreendido como transindividual, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas ligadas entre si por uma relação jurídica de base.
Falso, trata-se de um direito difuso, sendo este compreendido como transindividual, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.
A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento de energia hidráulica constituem atividades da esfera de competência da União. Porém, cabe à administração municipal autorizar a exploração desses recursos minerais.
Falso.
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
A competência para legislar sobre a maior parte das questões ambientais é concorrente, cabendo à União legislar sobre normas gerais, como, por exemplo, a Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433, de 1997), e aos Estados e Distrito Federal legislar sobre normas específicas, adaptando as normas gerais federais às suas peculiaridades regionais
Não. art. 22, IV, CF, competência privativa da União para legislar sobre águas.
Defina o que seja mosaico.
Espera-se do candidato o conhecimento do art. 26, da Lei do SNUC.
No âmbito dos espaços territoriais especialmente protegidos, é um conjunto de unidades de
conservação de categorias diferentes ou não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas, públicas ou privadas, que, por sua vez,
exige gestão integrada e será reconhecido em ato do Ministério do Meio Ambiente, a pedido dos órgãos gestores das UCs, devendo dispor de um conselho
de Mosaico, com caráter consultivo e a função de atuar como instância de gestão integrada das unidades componentes.
O que é a teoria do risco integral e qual princípio a justifica? É possível a obrigação de reparação ao meio ambiente, por parte do responsável pelo dano
ambiental, em caso de erro do órgão responsável pelo licenciamento?
Espera-se do candidato que tenha conhecimento sobre a teoria do risco integral, amplamente presente na seara ambiental, que, na prática, significa que o
causador do dano ambiental não pode invocar causas excludentes de responsabilidade, tais como o caso fortuito, a força maior, fato de terceiro ou culpa
exclusiva da vítima.
Tal teoria encontra suporte no princípio do poluidor-pagador, que por sua vez significa que os custos sociais externos que estão ligados ao processo produtivo (“prejuízos que aquela atividade econômica pode causar para a sociedade” - ex: danos ambientais) devem ser internalizados, ou seja, devem ser levados em consideração pela empresa no momento de calcular seus custos e, como contrapartida, caso esses danos realmente aconteçam, a empresa será sempre obrigada a repará-los.
Também se espera do candidato que tenha conhecimento da jurisprudência do STJ, no sentido de que mesmo que se considere instalação de empreendimento somente tenha ocorrido em razão de erro na concessão da licença ambiental, é o exercício dessa atividade, de responsabilidade do empreendedor, que gera o risco concretizado no dano ambiental, razão pela qual não há possibilidade de eximir-se da obrigação de reparar a lesão verificada.
O que são as limitações administrativas provisórias? Por qual prazo podem ser instituídas? Esse prazo é prorrogável? Há possibilidade de continuidade de desenvolvimento de atividades econômicas durante sua duração?
22-A, da lei 9985/00.
As limitações administrativas provisórias podem ser instituídas, com prazo de até sete meses, improrrogáveis, durante o trâmite dos estudos técnicos, antes da criação de uma unidade de Conservação, a fim de proteger cautelarmente a área, se houver risco de dano grave aos recursos naturais ali existentes, vedado o corte raso da vegetação nativa, salvo atividades agropecuárias, obras públicas ou outras atividades econômicas já em desenvolvimento licenciadas.
O que é o seguro ambiental?
Exige-se do candidato que conheça o art. 9º, XIII, da lei 6.938/81, que previu o seguro ambiental como instrumento econômico, no âmbito da PNMA.
Trata-se de mecanismo facilitador de eventual reparação de danos ao meio ambiente. Permitindo-se aos empreendedores que busquem garantias de modo a segurá-los, em casos de poluição, em que são garantidas diferentes espécies de cobertura, em casos de sinistros, advindos da atividade poluidora
Quais são os principais critérios definidores da competência material para promover o licenciamento ambiental?
Espera-se do candidato conhecimento acerca dos plexos de competência para realizar o licenciamento. Predominam os seguintes critérios:
1) da dimensão do impacto ou dano ambiental, que decorre do princípio da preponderância do interesse;
2) o critério da dominialidade do bem público afetável e, ainda, como critério residual,
3) atuação supletiva, em virtude de que, conforme a LC 140/2011, quando o órgão do ente federado de menor extensão não puder licenciar, o de maior abrangência territorial o fará.
O que são unidades de conservação de uso sustentável? Cite quais necessitam de desapropriação para sua instituição?
Espera-se que o candidato conheça as Unidades de Conservação elencadas na lei do SNUC. Dentre elas, existem as unidades de conservação de uso sustentável, nas quais se dará a exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.
São de natureza pública as seguintes UCs de uso sustentável: Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva da Fauna e reserva do Desenvolvimento Sustentável
Perfurar poços para extração de água subterrânea ou operá-los, sem a devida autorização é infração administrativa expressamente prevista na Lei de Recursos Hídricos. É possível aos Estados legislarem sobre outorga de perfuração de Poços? A quem pertencem as águas Subterrâneas, segundo a Constituição da República?
Espera-se do candidato conhecimento do art. 26, I, da CF, que define ser dos estados o domínio das águas subterrâneas.
Além disso, espera-se que o candidato conheça da jurisprudência fixada no Info. 525, do STJ, que entende ser possível que os Estados Membros disponham sobre obrigatoriedade de conexão do usuário à rede pública de água, bem como sobre a vedação ao abastecimento por poço artesiano, ressalvada a hipótese de inexistência de rede de saneamento básico.
Além disso, entende ainda o STJ, que o inciso II, do art. 12, da lei 9.433/97, condiciona a extração de água do subterrâneo à respectiva outorga, o que se justifica pela notória escassez do bem, considerado recurso ilimitado, de domínio público e de expressivo valor econômico.
Fale sobre a responsabilidade estatal por omissão no cumprimento do dever de fiscalizar.
Exige-se do candidato o conhecimento da jurisprudência predominante do STJ, no sentido de que, em matéria ambiental, há responsabilidade civil do estado quando a omissão de cumprimento adequado do seu dever de fiscalizar for determinante para a concretização ou o agravamento do dano causado pelo seu causador direto.
Mesmo como poluidor indireto, entende a corte que após a reparação, deve o estado regressar contra o poluidor direto.
Outrossim, apesar de ser solidária a responsabilidade estatal, por omissão, espera-se também que o candidato demonstre conhecer a jurisprudência dominante do STJ no sentido de que, a execução contra o ente estatal seja subsidiária, ou seja, apenas se não se puder alcançar o patrimônio do poluidor direto, é que o processo executivo poderá ser direcionado ao Poder Público.
Considere a seguinte situação hipotética: Yasmine abate uma capivara para dar alimento à sua família. Nesta situação, Yasmine pode estar sujeito a ser condenado por crime contra a fauna? O que deverá comprovar, acaso esteja?
Espera-se que o candidato tenha conhecimento da lei 9605/98, que contempla expressamente a exclusão da conduta típica por estado de necessidade, em seu art. 37, I, que assim dispõe:
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
Nesse caso, cabe ao agente demonstrar que não tinha alimentos suficientes para sua subsistência, cabendo a ele o ônus probatório.
A partir da divisão constitucional de competências legislativas, de quem é a competência para legislar sobre fauna? É possível a um Estado da Federação impedir, em seu território, testes de cosméticos em animais?
Espera-se que o candidato conheça sobre a divisão de competências legislativas, sobretudo no caso contemplado, qual seja, o art. 24, VI. Competência legislativa concorrente entre Estados e União.
Espera-se que o candidato conheça o julgado do STF na matéria, em que decidiu que a sobreposição de opções políticas por graus variáveis de proteção ambiental constitui circunstância própria do estabelecimento de competência concorrente sobre a matéria.
Em linha de princípio, admite-se que os Estados editem normas mais protetivas ao meio ambiente, com fundamento em suas peculiaridades regionais e na preponderância de seu interesse, conforme o caso.
Não é crime o abate de animal, quando realizado por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente
Sim
Poderão ser concedidas unidades de conservação federais para exploração de atividades de visitação voltadas ao turismo ecológico
Sim
Poderão ser concedidos serviços, áreas ou instalações de unidades de conservação federais para a exploração de atividades de visitação voltadas à educação ambiental, à preservação e conservação do meio ambiente, ao turismo ecológico, à interpretação ambiental e à recreação em contato com a natureza, precedidos ou não da execução de obras de infraestrutura, mediante procedimento licitatório regido pela Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
Constitui crime contra a administração ambiental, penalizado com reclusão, elaborar ou apresentar, no licenciamento, estudo, laudo ou relatório ambiental falso ou enganoso, exceto por omissão.
Falso
é crime: Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão
O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de dois anos a partir da data de sua criação.
Falso. O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data de sua criação.
No dano ambiental, a condenação do réu à obrigação de fazer ou não fazer não poderá ser cumulada com a obrigação de indenizar, que deverá ser veiculada em ação própria em razão do rito diferenciado e mais célere de execução, devendo os autos serem apensados ao processo da obrigação de fazer ou não fazer.
Falso. Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar
O estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental, documentos necessários ao licenciamento ambiental, serão anexados ao requerimento da licença ambiental, devendo ser realizados por profissional habilitado às expensas do empreendedor
Falso.
O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas:
I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida; (letra B)
Art. 11 - Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor.
O prazo de validade da Licença de Instalação não poderá ser superior a 6 anos, vedada prorrogação.
Falso. A Licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos nos incisos I e II
Será exigido e publicizado estudo prévio de impacto ambiental para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente
Sim
Ainda que no caso de falta de fiscalização e de adoção de outras medidas preventivas inerentes ao poder de polícia, o Estado não poderá ser solidariamente responsável com o causador do dano
Falso. STJ - haver responsabilidade solidária do Estado quando, devendo agir para evitar o dano ambiental, mantém-se inerte ou atua de forma deficiente. A responsabilização decorre da omissão ilícita, a exemplo da falta de fiscalização e de adoção de outras medidas preventivas inerentes ao poder de polícia, as quais, ao menos indiretamente, contribuem para provocar o dano, até porque o poder de polícia ambiental não se exaure com o embargo à obra, como ocorreu no caso
Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos deverão ser aplicados na bacia hidrográfica em que foram gerados
Falso. Os valores arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos hídricos serão aplicados prioritariamente na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão utilizados